Camões, Portugal e das Comunidades Portuguesas!
Já neste tempo lúcido Planeta
Que horas vai do dia destinguido,
Chegava à desejada e lenta meta,
A luz celeste às gentes encobrindo,
E na casa marítima secreta
Lhe estava Deus Nocturno a porta abrindo,
Quando infindas gentes se chegaram
Às naus, que pouco havia que ancoraram.
(...)
Ao mensageiro o Capitão responde,
As palavras do Rei agradecendo,
E diz que, que porque o Sol no mar se esconde,
Não entra pera dentro, obedecendo;
Porém que como luz mostra por onde
Vá sem perigo a frota, não temendo,
Comprirá sem receio seu mandado,
Que a mais por tal senhor está obrigado.
(Os Lusídias)
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